Não é para mim novidade mas já vão longos os anos em que não me apresentava a eleições concelhias. Dez anos mais propriamente. De então para cá uma ou outra eleição para um congresso, uma ou outra ida à sede para votar mas pouco mais. A minha quota parte na politica tem sido preenchida com a componente autárquica através da presidência da assembleia de freguesia de Lordelo do Ouro, da qual muito me orgulho e que já vai terceiro mandato.
Apesar desse aparente afastamento sou espectador atento da actividade da concelhia do Porto, bem como interveniente politico activo quer através do blogue nortadas quer das intervenções públicas nos media.
Confesso no entanto que não estava nos meus planos envolver-me nestas eleições, apesar de olhar com preocupação para o que tem sido a intervenção politica do cds ao nível local.
O partido encontra-se hoje numa fase boa, como julgo não existia desde há alguns anos. Um excelente resultado nas legislativas, que a todos nos deve motivar a melhorar, e um resultado satisfatório nas autárquicas, que a todos nos deve obrigar a reflectir.
E foi precisamente essa a razão a "convencer-me" da necessidade de participar: o não bastar estar preocupado mas nada fazer, para passar a estar preocupado mas com capacidade de intervenção.
É fundamental preparar com antecedência as eleições autárquicas e esse é seguramente o papel das concelhias. Não basta preencher listas com nomes. Não basta à última da hora arranjar candidatos muitos deles completamente alheados das problemáticas com que se vão deparar.
Estamos a quatro anos das próximas eleições ou seja, a tempo e horas de começar o trabalho de campo. Bem sei que esse papel cabe à concelhia e não à mesa. Mas esta tem seguramente a responsabilidade de abrir o debate, de promover o diálogo e de apoiar a concelhia eleita no bom desenvolvimento do seu papel.
É esse o compromisso que aqui deixo: aumentar a participação dos militantes.
Nesta viagem acompanha-me o José Mexia e o João Porto. Dois companheiros e amigos de longa data. Não só meus mas do partido. E amigos de verdade: dos que dizem o que tem que ser dito. De forma frontal e livre, sem o politicamente correcto ou yes man a condicionar. É esse o papel que queremos desempenhar e para o qual pedimos o seu voto.
Estamos nesta viagem solidários e apoiantes do Miguel Barbosa, que teve a coragem de me convidar apesar de algumas das vezes termos divergido. Saudavelmente que é o que acontece quando se trabalha por causas e não por interesses pessoais.
As linhas gerais para os próximos dois anos estão expostas num documento de títtulo "Viagem", onde não ficam dúvidas do que se pretende.
Esperamos poder contar com o seu voto e que seja mais um passageiro nesta viagem que pretendemos levar a cabo.